segunda-feira, 29 de maio de 2017

Talvez esteja a ser injusta

Se um dia alguém me dissesse que há um medicamento com cem anos de utilização e efeitos comprovados de cura, que eu pudesse dar ao meu filho para curar qualquer uma das doenças que tem, obviamente não hesitaria em administrá-lo. E depois existem pessoa que deixam morrer os filhos por conta de uma otite. Não faço por norma este tipo de julgamento mas ter de lutar diariamente para que o meu filho possa um dia mais tarde ser autónomo e feliz e de essa luta ser extraordinariamente cansativa (embora recompensadora), tornou-me menos tolerante com este fenómeno que é a estupidez natural.

4 comentários:

  1. Li num jornal que os pais a criança ponderavam agora processar o homeopata...
    Nem sei o que diga.

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    1. Talvez como forma de amenizar a própria culpa. Também não sei...

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  2. Tenho na família uma pessoa que não é burra nem inculta nem sofre por falta de educação formal, mas virou há uns anos para os alternativos. Nada contra, yoga é fixe, meditação acalma, cuidado na alimentação é preciso, etc., etc.. mas apenas passados uns dias de a desgraçada criança ter morrido com sarampo na Estefânia, partilhou no facebook um artigo em que uma qualquer luminária falava da importância de questionar o uso das vacinas, se realmente são necessárias, quais os estudos que foram feitos, se são credíveis... Não há pachorra, é impossível discutir quando alguém acha que dezenas de anos de uso generalizado não são relevantes, quando se questiona se tomar uma vacina contra algo que pode matar-te é necessário. Posso garantir que não é burrice mas estupidez tem de ser!

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    1. Passa essencialmente por perceber onde está o limite, de entre as várias terapias convencionais que faço ao miúdo também optei pela alimentação saudável, acredito que o yoga e a meditação tenham efeitos benéficos no comportamento. Daí a deixar de medicar ou vacinar vai uma grande distância mas também já não entro nessas discussões onde a estupidez impera.

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Dá cá bananinhas!