Fazia nove dias sem ti, sem te ver com os olhos porque quando te ouço sinto que te estou a ver. Não me abraçaste logo, correste que nem louco pela casa toda "não encontro, tenho uma prenda para ti mas não encontro", choraste a tua perda que era minha afinal. Como sempre, o remédio caseiro está nos avós "vai lá ver no teu quarto, foi lá que deixaste", correste de novo como se o mundo fosse acabar naquele segundo, na volta o sorriso consumia o teu rosto "olha mamã, tenho um coração para ti!". Devolvi o sorriso e aí abraçaste-me tanto, enchi-te de beijos + 1, este último era azul e enorme, não percebeste de quem era mas fiz questão de te dizer. Olhaste para mim como quem não percebe nada, aceitaste-o com o sorriso do costume. "Gostas do teu coração? Podes pendurá-lo no espelho do carro!" Sorri e não acedi ao pedido mas prometi guardá-lo junto a mim, o meu só o uso para bombear o sangue que me dá vida pois é teu desde o primeiro dia, assim como os vossos são meus desde sempre. Troca justa, parece-me.
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Dá cá bananinhas!