segunda-feira, 25 de julho de 2016

Ampulheta

Quarenta e oito horas para matar saudades, não obstante a permissão para que partilhassem os lençóis comigo ganhando assim algum do tempo perdido, não consegui matar quem me matava. Soube a pouco mas deu para tanto, deu para banhos na piscina, para quedas seguidas de sustos e galos que não cantaram curados com sacos de favas congeladas da horta do avô, deu para asneiras com terra pelo ar, uns quantos ralhetes do pai, que a mim faltam-me as forças e a vontade quando estou tanto tempo sem os poder abraçar. Quarenta e oito horas de pés descalços, pretos que nem carvão até à hora de deitar, faltam menos de cento e vinte.

2 comentários:

  1. O tempo voa quando estamos com quem nos faz bem.... com quem nos é querido... com quem nos faz falta... ainda assim, são as saudades que fazem dos momentos em que estamos junto dessas pessoas, os momentos mais especiais do mundo.
    Abraços apertadinhos e rápidas cento e vinte.....

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    1. Dessas 120 já matámos saudades e já vamos noutra volta. As férias são assim mesmo e os avós agradecem.
      Abraço Mafalda

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Dá cá bananinhas!