quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Hã?

Desde que começou a escrever que macaquita, muitas vezes, escreve em espelho. A educadora dizia que era normal aos 4, 5 anos. Foi também por volta dessa idade que achámos que não ouvia bem devidos aos constantes "quê" e "hã" e de nem sempre compreender o que lhe diziamos, assumia (e assume) palavras parecidas, no entanto, já foi despistado qualquer problema de audição. Está no primeiro ano, é uma aluna excelente em todas as matérias mas os erros que dá, com alguma frequência, são por escrever em espelho e por confundir letras parecidas, a professora diz que é "cabeça no ar" mas eu acho que é mais do que isso. Há uns meses, falei com a neurologista do irmão que me diz que era normal nesta idade mas que se continuasse deveria pedir despiste com terapeuta da fala, o que fiz.
-Macaquita, para a semana vais fazer terapia com a terapeuta do mano.
-Porquê?
-Para percebermos se andas só distraída ou se tens alguma coisa errada nesse cérebro.
-Eu não tenho "cébro"!- tive de me a rir da inocência e honestidade com que me diz aquilo.
-Não é para rir, é a sério. Tu estás sempre a dizer que não tenho nada na cabeça. Isso quer dizer que não tenho "cébro", não é?

9 comentários:

  1. minha nossa, que dupla. coragem, pois o que aí vai de poder de argumentação...
    beijinho, Be.

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    1. Eu gosto que me questionem e eles têm sempre argumento, nem sempre válido :)
      Beijinho Mia

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  2. Tão gira :)
    Argumenta-lhe com um raciocínio filosófico: se tens capacidade para dizer que não tens cérebro, é por teres cérebro, pois é lá que se aloja a fala. (Tipo aquilo do "só sei que nada sei") :)
    Beijinhos e tudo de bom.

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    1. Às vezes faço esse exercício com eles, que é responder às perguntas que me fazem com respostas muito complexas e com um discurso mais formal mas eles não desarmam e perguntam o significado de todas as palavras e acabamos a ter conversas engraçadíssimas.

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  3. O meu filho mais novo fazia esse é tipo de troca - diagnóstico disgrafia. Aprendeu truques e a coisa suavizar. Hoje com 23 anos continua a aplicar esses truques e é feliz. Uma característica como ter olhos castanhos.

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    1. Após a consulta com terapeuta ainda não temos nenhum tipo de diagnóstico, ela acha que será normal visto estar no primeiro ano e os miúdos estarem a aprender demasiada matéria em pouco tempo, apesar de haver alguns sinais que não devemos desvalorizar. Vamos avaliar a evolução dela até ao final do ano lectivo para entender se é caso de intervenção ou não.
      Acredito que, tal como o seu filho, caso seja "qualquer coisa" digna de diagnóstico, acharemos a forma de suavizar.
      Um beijinho e obrigada pelo conselho :)

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    2. Isso, beijinho e obrigada pela resposta :)

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