sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Nem oito, nem oitenta.


Sempre enviei os lanches de casa, estes são habitualmente compostos por pão com alguma coisa, pode passar por queijo, fiambre, chourição, mortadela ou mesmo alho de urso, nenhum dos produtos necessariamente meio gordo ou magro. Muitas vezes fruta e para beber, sumos néctar e até Bongo (sim, com bué de açúcar) para macaquito, que não pode consumir caseína. Leite para ela, branco a maioria das vezes pois não é grande adepta de achocolatados a não ser um de marca branca que quase não tem chocolate, caso gostasse, poderia levar leite com chocolate que eu não me ralava nadinha. Quando me desleixo e falha alguma coisa no armário, levam bolachas ou uns trocos para se desenrascarem, o que no passado ano letivo foi difícil pois o bar esteve encerrado e eles, podem sair da escola para ir para casa mas não para ir a cafés, ao contrário de muitos colegas que aproveitam a hora de almoço para gastar mesadas inteiras em gomas, chocolates e pacotes de batatas fritas... lá fora, no café!! No caso de macaquito, mesmo que queira, não há nada que possa comprar, valha alguém que lhe desenrasque uma peça de fruta quando aqui a maman macaca se esquece de mandar paparoca.
Porque raio não pode ser servida uma sobremesa tipo arroz doce ou pudim uma ou duas vezes por semana? Ou haver croissants no bar? Há pais que entopem as lancheiras dos filhos de "bolicaos" e ainda lhes dão dinheiro para ir comprar trampa fora da escola.
Eu não sei como é na vossa casa mas na minha não há armários trancados e habitualmente há chocolates, bolachas e gelados. Ninguém faz disso refeição, aliás macaquito nunca comeu uma goma, chocolate, rebuçado ou a maioria dos doces que os miúdos adoram, apenas porque nunca quis.
Regra de sempre, quem não comeu o que tem no prato ao almoço ou jantar, não toca em mais nada. Assim, desde pequeninos, resultado prático: Não há gulosos!

Excepto, talvez........eu!  (mas posso e devo, só peso 50kg)

Se calhar, em vez de proibir tudo e mais umas botas, promoviam o desporto na escola, passar duas horas de educação física a jogar à carica não me parece suficiente para queimar as calorias duma sandes de queijo mesmo que seja magro. Ou então proíbam tudo, já que agora até se permitem e até se preferem os jogos no telemóvel durante os intervalos, não vão os putos apanhar covid em vez dos colegas no jogo da apanhada.
Tendo em conta a dificuldade que existe em algumas escolas para conseguir refeições adaptadas a crianças com intolerâncias alimentares, parece-me um pouco falaciosa a súbita preocupação com os alimentos colocados à disposição nos bares e cantinas. Alguns nunca deveriam ter lá estado, outros não me parecem assim tão mal. 

A partir de agora está aberto o tráfico de pão com chouriço atrás do ginásio, vão chover dealers de cigarros avulso e batata frita de pacote. E de seguida vamos julgar o empreendedorismo das nossas crianças...


3 comentários:

  1. Não nego o problema da obesidade infantil, mas tbm não creio que proibir faça realmente a diferença. Importante, como dizes, é educar, oferecer boas alternativas, reajustar algumas doses e, sim, promover o desporto (todo) como algo saudável e feliz.

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  2. Infelizmente é mais um assunto em que passamos do 8 ao 80... acho muito bem que se introduzam opções mais saudáveis e se aposte na educação alimentar, não concordo com as proibições para ficar bem na foto. Para mim isto é o mesmo que retirarem, por exemplo, a carne dos almoços porque afinal faz mal e portanto vamos todos ser vegetarianos (ou vegans ou o raio que parta as modas)!
    Gostava de ver tanta preocupação com a qualidade dos almoços que são servidos cada vez piores.
    Além do mais, se os miúdos forem educados em casa a optar por escolhas saudáveis farão as mesmas escolhas na escola mesmo que de vez em quando se lambuzem com um croissant com chocolate ou uma fatia de pizza.
    Bom senso e coerência precisa-se com urgência!!

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  3. Opa, haja alguém! Já andava a achar q eu era a maluquinha do bairro. Até com o senhor cá de casa "discuti" por causa disto.
    Objectivamente, se me choca ou sinto ultrajante q n vendam mtas destas coisas...não. Não vejo como algo grave. Se acho ultranjante q o passar a proibir a venda derivado de um problema, preocupante, de obsidade q se tem vindo a verificar, ANTES de se fazerem tantas outras coisas...acho!

    Isto é claramente o caminho mais fácil e menos dispendioso p o estado, ponto.

    (Isto é capaz de sair um comentário grande)
    Sendo q aqui, ainda me encanita, e mto, outeo ponto.
    Do q espreitei dos estudos, o maior grupo de obesidade é em jovens até aos 12 anos. Ora, de todas as escolas básicas q conheço (e ainda são algumas) os miúdos n têm bar, ou n acedem ao mm. Os pais é q mandam lanches. Se o básico vai até aos 10 anos, give or take, e se os pais continuam a enviar mer** p os miúdos comerem...esta medida vai ser assim tão útil??!

    Depois, ao argumento do "ai mas já há tanto tempo q se tenta sensibilizar as pessoas e bla bla bla", pergunto eu, nutricionista nas escolas, oi nos agrupamentos, pelo menos, há?
    Aumento das horas de educação física, há?
    Aulas teóricas, semanais, de educação física em q se aborde o tema da nutrição e dos malefícios q uma alimentação n cuidada e diversificada faz ao corpo, há?
    Campanhas intensas sobre o tema nas escolas (e não uma coisa manhisa 1 ou 3 vezes por ano), há?

    E como dizes e bem (tb comentei isso cá em casa), se estamos buma de q proibir é na boa, e p qd proibir os telemóveis?? Para q é q um puto de 10 anos precisa de twr o telemóvel no recreio (em vez de estar a correr ou a sociabilizar)...ah, pois é...isso se calhar já ia levantar mtos problemas ao ministério e Deus sabe q n queremos cá confusões destas.

    Olha, bazofia, é o q eu acho disto tudo. Medidas p inglês ver...

    ME (me.my shit and i) saudades de te vir ler pá . Bjs

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Dá cá bananinhas!