sexta-feira, 3 de junho de 2016

O caminho

Ninguém sabe o que lhe vai na cabeça, ainda que fale connosco incessantemente. Eu que lhe conheço as manhas e entranhas e todos os passos que dá, vou entendendo o discurso aparentemente desconexo, na impossibilidade de o entender pergunto-lhe descontraidamente onde foi que viu tal coisa, amiúde a resposta é "nos meus sonhos". 
Permito-lhe que sonhe, se bem que o tenho de acordar demasiadas vezes, arbitram-me que o traga para a realidade, fico-me a pensar o que ganha com isso, se nos leva a algum lado. Se viver num sonho o levar a um fim qualquer, podemos sempre recomeçar. Não o vou condenar a viver uma realidade que é de todos mas talvez não seja o lugar onde se encaixe. 
Se é a minha mão que escolhe para caminhar, vou permitir que escolha também o caminho e no fim sei que estaremos bem, se não estivermos, podemos sempre começar de novo.

2 comentários:

  1. Se pegares numa folha A3 e a dobrares ao meio não ficas com uma A4, mas com uma A3 dobrada ao meio. Se a rasgares pela metade, ficas com uma A3 rasgada ao meio. Se a cortares para que a diferença seja impercetivel, ficas com duas A4, mas depois de o fazeres nunca mais poderás ter uma A3, apenas duas A4 coladas!

    Não vale a pena tentar formatar o "informatável"...

    :)

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    1. Isso é o que eu penso também, a sociedade impõe que seja diferente. Fico parva quando me dizem que tenho de mecanizar comportamentos. Concordo que nas aquisições que não conseguiu fazer, atar sapatos, apertar botões, se mecanizem os gestos mas comportamentos...
      Deixem-no ser "freak" se é assim que se sente bem!!

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Dá cá bananinhas!