-Bom dia mamã.
-Bom dia filhoco, como estás?
-Estou bem, já comi.
-Ainda bem, assim não ficas rabugento. - digo eu referindo-me a uma birra de uma manhã destas, em que me fez queixa do avô, que não lhe dava comer, quando na verdade o pequeno-almoço estava à sua frente e ele não tinha reparado.
-Ontem à noite na hora de dormir é que estava rabugento.
-Porquê? -perguntei na expectativa de mais uma queixa rocambolesca.
-Ah pois, esqueci-me de dizer quando telefonaste que estava rabugento.
-Sim mas o que aconteceu para estares rabugento?
-A minha garganta estava dorida.
-Tadito do meu pequenito mas hoje já estás bom, parece-me.
Entregou o telefone à avó sem me responder ou sequer se despedir, a avó explicou-me que ele não tinha nada, só queria atenção e entretanto passa o telefone a macaquita que me diz antes de qualquer outra coisa:
-Sabes mãe, o mano não estava rabugento, ele não tinha a garganta mal-disposta.
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