segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Não sei se desabei ou se desabafei

Estava ligeiramente irada, ligeiramente é como quem diz, a espumar. Pela primeira vez berrei com macaquito, nem sei se berrar é o termo, acho que foi mais um rugir. 
Foi meio incrédula que, ainda na escola de música, ouvi o relato de como se passou com os colegas, interroguei-o sobre o porquê de tudo aquilo com alguma calma, segurei-me para não me rir na parte em que me dizem que conseguiu ofender todos os colegas mais anafados com tantos adjectivos diferentes que a professora não conseguiu repeti-los todos, já não achei tanta piada ao chorrilho de asneiras que destilou sem olhar a quem. Há que valorizar a riqueza do vocabulário mas não posso permitir que perca as estribeiras, a vergonha e a educação, tudo ao mesmo tempo. Para colmatar a coisa em grande, chegados a casa, abro a mochila para pôr a lavar pois tinha rebentado um pacote de sumo lá dentro e percebo pelo estado em que se encontram os livros, dossier e algum material escolar, que o rebentamento só poderia ter acontecido devido a um embate a não menos de 150 km/h. 
Saltou-me a tampa! Chamei-o ao quarto e dei-lhe o raspanete de uma vida, castiguei-o por duas décadas e ele, sem me responder, logo ele que tem sempre resposta para tudo, esperou uma pausa e um virar de rosto, para fugir de fininho, pé ante pé antes que eu concretizasse alguma das ameaças que me fugiram à boca naquele curto espaço de tempo. 

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Pois... Nem sei se percebeu a msg, devia ter respirador fundo e contado até 10, como lhe digo para fazer mas o que me apetecia mesmo era dizer todas as asneiras que sei que sabe! Nessa parte controlei-me.

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Dá cá bananinhas!