Diz-me em que momento me distraí e te deixei crescer tão depressa, com certeza baixei a guarda no meio de uma gargalhada ou num assomo de disparate. Na verdade não importa quando, tanto me faz, não te preferia mais pequeno, nem te quero ver crescer depressa, quero que não te afastes de mim mas que não tenhas medo de seguir o teu caminho. Assim sigas, meigo, desajeitado, cheio de incertezas e sem culpa de nada, se o que és nem tu sabes, não tentes mudar nada a não ser a mente mesquinha de quem vive formatado. Segue o teu caminho, alheio a quem de ti nada sabe e que nada te pode ensinar. As tuas indefinições, contradições, absurdos e impossibilidades não são penas, são graças que só os afortunados poderão compreender. E afortunada que sou estarei sempre por aqui, a entrar no teu mundo sempre que quiseres e sem ânsias de tranquilidade, contigo aprendi que de obstáculos e dúvidas se faz o viver e seja qual for o rumo a seguir será sempre cheio de abraços, amor e disparate.
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
São treze caramba, treze!
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