Perto das 9 da manhã recebo uma chamada da professora de apoio de macaquito para, que se quisesse e pudesse, acompanhar macaquito e demais colegas à hipoterapia. Era um dois em um, podia vê-lo a montar e podia trazê-lo mais cedo para chegarmos a tempo à terapia ocupacional.
Nem hesitei, meti as rodas ao caminho e fui com eles. Fiquei encantada, nunca tinha visto macaquito a montar e fiquei estupefacta com as coisas que já faz, o desembaraço em cima da égua, a "volta ao mundo" (que consiste em rodar o corpo em cima da sela até ficar de novo sentado para a frente), andar a trote, a postura direita... vim deliciada e de coração cheio.
Assim que desmontou, viemos embora pois ainda tínhamos de ir buscar macaquita. Chegámos à escola bem perto da hora de saída e seguimos para o hospital. Estava tão entusiasmada com tudo o que vi que resolvi partilhar com macaquita.
-Sabes macaquita, hoje fui ver o mano à hipo. Foi tão giro, ele já não tem medo nenhum.
-Oh! Eu também queria ir, porque não me levaste?
-Então filha, foi na hora das tuas aulas, acabámos de chegar. Era a única forma de chegarmos a tempo à terapia.
-Pois, é sempre assim, nunca posso ir contigo! Fazes coisas com ele e eu nunca posso ir, ele vai para os cavalos e para as terapias e eu tenho de ir para a escola, nunca me levas... - continuou o discurso num tom inflamado sem conseguir disfarçar o que era na realidade, ciúme e birra. Macaquito mantinha-se em silêncio mas claro tinha de intervir e fê-lo, assim que ela fez uma pausa para respirar.
-Pronto, começou o teatro!
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Dá cá bananinhas!